Bicampeã mundial e europeia de pista coberta, Naide Gomes abdicou este ano da época de inverno, aquela em que obteve os maiores êxitos da sua carreira - ainda o ano passado foi segunda no Europeu de Paris. Para ela, ir a provas como o Nacional de Clubes tranformada em espectadora não é fácil.
Este ano não faz pista coberta. Porquê?
Devido a uma lesão no pé direito. Estive três meses parada após os Mundiais e não me sentia em condições para fazer a pista coberta. Como a época de Verão é muito importante, preferimos não arriscar.
Custa faltar à pista coberta?
Eu gosto de competir. Andar só a treinar satura-me. Preciso da competição para sentir os resultados do treino. Estar numa pista a ver os outros é o pior que me pode acontecer.
Mas foi ver o Nacional de Clubes ao Pombal…
Fui. E foi terrível. Ver outra a saltar por mim… Dá vontade de lá estar. Mesmo com o Sporting a dominar.
Isso foi em femininos. Em masculinos já não foi assim...
Tínhamos algumas ausências. Já sabíamos que não teríamos muitas hipóteses, mas mesmo assim fomos lutar até ao fim. Eles deixaram o suor em pista e perderam por pouco. É preciso dar os parabéns ao Benfica... e cá os esperamos no campeonato ao ar livre.
Não custou ver o Sporting perder?
A vitória não é eterna. Perdemos ao fim de tantos anos… Ninguém morre por isso.
Já que foi espectadora, viu alguma sucessora para si?
Há miúdas com muito talento. Mas só o tempo dirá.
Vê alguma capaz de saltar os 7 metros?
Infelizmente não. Mas só o tempo dirá. Quando uma saltadora faz os 6,50, pode pensar que irá chegar a 7 metros.
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