Cinco épocas de ausência sénior deixou o Sporting com fome de vitórias. Em apenas dois anos, os leões, com uma equipa essencialmente constituída por jovens da formação, chegou à I Divisão.
Tudo aconteceu mais rápido do que o previsto. "O plano era chegar à I Divisão, de forma consolidada, só em 2014/2015. Nem estávamos entre os principais favoritos à subida e nem pusemos esse objetivo. Mas os jogadores criaram um sonho e acompanhei o sonho deles", reconhece Gilberto Borges, responsável pelo núcleo autónomo que, há nove anos, gere o hóquei leonino.
Desde 2005 que os três grandes não estavam juntos no principal e o dirigente não tem dúvidas de que "o Sporting vai encher pavilhões na I Divisão". Para a próxima temporada, "o objetivo é a manutenção e dignificar a camisola do Sporting". Contudo, há muita ambição a médio prazo: "Dentro de quatro/cinco anos quero estar a lutar por todos os troféus."
Sem muito dinheiro para grandes investimentos, este engenheiro, de 55 anos, quer manter o núcleo-base do atual plantel e adicionar algum reforço cirúrgico. "Alguém que acrescente valor e experiência. Não vale a pena trazer um craque que estrague o balneário", sublinha, defendendo que as camadas jovens continuarão a ser a prioridade: "Não posso perder de vista a formação, porque isto não é um projeto a curto prazo."
Para já, o Sporting procura um novo treinador. Por motivos profissionais e devido a não ter o nível III exigido para treinar na I Divisão, Quim Zé não vai permanecer no clube. Lamentando esta saída, o dirigente Gilberto Borges não abre o jogo em relação ao próximo técnico, mas considera que a experiência não é algo relevante. "No futebol, conheci um rapaz [José Mourinho] que começou como tradutor em Alvalade e hoje é o melhor treinador do mundo. Ainda houve outro [André Villas-Boas] que era adjunto de adjunto e tornou-se o técnico mais caro de sempre", compara.
"Modalidade é emblemática"
Gilberto Borges está em constantes conversações com a direção do Sporting à procura de apoios e, após alguns encontros, a secção do hóquei em patins mantém-se otimista quanto ao futuro. "Estou convencido de que vamos ser apoiados. Quer pela direção quer por sócios. Esta é uma modalidade emblemática no clube", salienta, lembrando que "esta foi a primeira direção que se preocupou com o hóquei". Porém, apesar do provável apoio diretivo, a modalidade vai continuar autónoma: "Tenho acompanhado outras situações e tenho a certeza que este é o caminho a seguir."
No que diz respeito ao pavilhão, a equipa deve continuar a jogar no Pavilhão da Parede, depois de no ano passado ter jogado na Casa do Gaiato de Santo António do Tojal. "Mudámos para aqui, porque onde jogávamos não havia muitas condições para os nossos adeptos. E, no limite, devemos continuar na Parede", garantiu, explicando a razão pela qual o hóquei em patins não jogará em Odivelas: "Segundo julgo saber, o pavilhão não tem muitas condições para a prática do hóquei."
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